Um vazamento de gás na manhã de quarta-feira (18) obrigou a paralisação total da plataforma P-40, no campo de Marlim Sul, Bacia de Campos; não há registro de vítimas e a unidade foi colocada em shutdown enquanto o gás se dissipava.Segundo o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro‑NF), a ocorrência foi detectada pela equipe a bordo e a plataforma permanece parada com os trabalhadores em local seguro, enquanto o sindicato monitora o caso e cobra esclarecimentos da Petrobras.[3][2]
A P‑40, em operação desde 2001 como unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência, vinha sendo operada por equipes de contingência da Petrobras em razão da greve nacional dos petroleiros iniciada na segunda‑feira, que atinge diversas unidades e plataformas da companhia; o sindicato relacionou o incidente ao uso dessas equipes de contingência, afirmando que elas poderiam não ter “capacidade técnica” para operar as plataformas com segurança.[3][1][5]
A Petrobras informou, em nota, que o sistema de proteção da plataforma detectou o vazamento e que os procedimentos de segurança foram acionados imediatamente, com despressurização das linhas e parada temporária da produção da unidade, sem relação com a paralisação dos trabalhadores, e afirmou que a produção das demais plataformas da Bacia de Campos segue normalmente.[1][3]
A estatal acrescentou que está notificando os órgãos reguladores competentes e que será constituída uma comissão especial para apurar as causas do vazamento; reportagens iniciais indicam que a investigação será conduzida pelas equipes internas da empresa e pelos órgãos reguladores.[1][3]
O episódio reacende o debate sobre riscos operacionais durante paralisações e sobre a utilização de equipes de contingência em plataformas críticas: representantes sindicais criticam a prática e pedem esclarecimentos e garantias de segurança, enquanto a Petrobras defende que os protocolos de proteção foram seguidos e que não houve ameaça às equipes nem impacto nas demais unidades da bacia.[5][1][3]

