Ursula von der Leyen disse que há apoio suficiente entre os Estados‑membros da União Europeia para aprovar o acordo comercial com o Mercosul e afirmou que a assinatura foi adiada para janeiro após pedido da Itália por mais tempo, mas que está confiante numa maioria favorável. [2][6]
A declaração foi feita por von der Leyen em Bruxelas durante reunião dos líderes da UE, onde informou que a assinatura prevista para a cúpula do Mercosul foi adiada depois de negociações internas que mostraram que naquele momento não havia apoio suficiente para proceder com o ato, em parte devido a exigência italiana por prazo adicional; ela acrescentou que a Comissão contactou os parceiros do Mercosul e acertou um adiamento até janeiro para permitir a construção dessa maioria.[2][4][8]
O processo de aprovação dentro da União Europeia exige a chamada maioria qualificada — o voto favorável de pelo menos 15 dos 27 Estados‑membros, que representem ao menos 65% da população da UE — e essa é a regra que determina se o acordo pode avançar no Conselho Europeu antes de seguir para outras etapas internas e ratificações nacionais.[1][16]
O acordo, negociado por mais de duas décadas e tecnicamente concluído anteriormente, enfrenta resistências políticas de alguns países europeus — em especial França e Polônia, e com sinais de cautela de Bélgica e Áustria — além de mobilização de agricultores que pressionam contra o texto, o que ajuda a explicar o adiamento e a necessidade de mais negociações políticas para assegurar a votação favorável.[1][9][8]
A postergação para janeiro dá tempo para que a Comissão e os Estados favoráveis tentem ampliar consensos, em paralelo a debates sobre salvaguardas para produtos agrícolas sensíveis e cláusulas ambientais que têm sido pontos centrais de tensão entre a UE e os países do Mercosul; mesmo com o adiamento, Bruxelas considera o acordo estratégico para ampliar o acesso ao mercado de cerca de 700 milhões de consumidores e reforçar a posição geopolítica da UE.[1][6][7]
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