Um dos eventos meteorológicos mais devastadores da história recente do Paraná deixou um rastro de destruição e dor na cidade de Rio Bonito do Iguaçu na tarde de sexta-feira, 7 de novembro de 2025. Um tornado de intensidade excepcional atingiu o município, causando seis mortes, centenas de feridos e destruindo cerca de 90% da infraestrutura urbana. O fenômeno, classificado preliminarmente como F3 ou F4 por diferentes instituições, provocou danos irreparáveis em residências, escolas, postos de saúde e equipamentos públicos, além de deixar milhares de pessoas desalojadas.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, visitou as áreas afetadas neste domingo (9) e afirmou que ainda não é possível mensurar todos os prejuízos causados pelo tornado, que também atingiu outras 11 cidades da região centro-sul paranaense. Segundo ele, o momento é de solidariedade e ação imediata para ajudar as famílias atingidas, restabelecer serviços essenciais e iniciar o processo de reconstrução. “É preciso apoiar as famílias que estão precisando de assistência de saúde, alimentação e abrigo”, destacou o ministro.
A Defesa Civil confirmou que a maioria das vítimas fatais foi registrada em Rio Bonito do Iguaçu, com uma morte também ocorrida em Guarapuava. O governo federal já mobilizou equipes para avaliar a extensão dos danos e identificar as prioridades de reconstrução. O ministro ressaltou que, diante da urgência, as prefeituras devem solicitar recursos emergenciais o quanto antes, sem esperar o balanço final dos estragos. “Se há uma informação de uma escola que foi destruída e já existe um orçamento da área construída que precisa ser feita, já é possível empenhar esse recurso”, explicou.
A união entre as esferas de governo — federal, estadual e municipal — foi apontada como essencial para agilizar o atendimento às necessidades da população. “Tudo o que for necessário para reconstruir a cidade de Rio Bonito do Iguaçu e outras cidades afetadas, o presidente Lula está determinando a mim e a outros colegas ministros que assim o façamos”, completou Waldez Góes.
Entre as ações imediatas, o governo federal enviou uma equipe da Força Nacional do SUS, composta por profissionais de saúde, logística e assistência em desastres, além de especialistas em saúde mental. A diretora de tecnologia da informação do INSS também está na cidade para avaliar a possibilidade de antecipação de pagamentos e outros auxílios. Já a Copel, responsável pela distribuição de energia no Paraná, informou que restabeleceu 49% da rede elétrica de Rio Bonito do Iguaçu, mas o processo de recuperação total deve levar vários dias.
O governador do Paraná, Ratinho Junior, decretou estado de calamidade pública em Rio Bonito do Iguaçu, o que permite a execução de gastos emergenciais sem as restrições normais do orçamento e facilita o acesso a verbas federais. O objetivo é garantir que os recursos cheguem rapidamente para atender às demandas mais urgentes e iniciar a reconstrução da cidade.

