# Instituto Histórico do DF sofre invasão e perde acervo histórico em furto na madrugada
O Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (IHGDF) foi alvo de um grave furto na madrugada de sexta-feira, 14 de novembro, quando criminosos invadiram a instituição localizada na Asa Sul de Brasília. O incidente marca a segunda invasão ao local em dois dias consecutivos, evidenciando a vulnerabilidade da segurança no estabelecimento.
De acordo com relatos, um homem ainda não identificado forçou o portão e uma porta de vidro do instituto, conseguindo acesso ao piso de exposição. Uma vez dentro da instituição, o criminoso permaneceu por horas no espaço, arrombando vitrines e levando aproximadamente 20 medalhas de grande valor histórico. Entre os itens roubados estão seis medalhas comemorativas à instalação dos Três Poderes da República, presentes dados por presidentes de nações como Paraguai, Portugal, Cuba, México e Indonésia durante a inauguração de Brasília. O roubo também incluiu uma máquina de cortar cerca que havia sido utilizada pelo engenheiro Joffre Mozart Parada, pioneiro na construção da capital.
Conforme informações de Paulo Fernando Melo, vice-presidente do Instituto Geográfico do DF, as medalhas possuem valor histórico inestimável, ainda que não representem grande valor monetário. O diretor do IHGDF, Filipe Oliveira, reforçou essa perspectiva, explicando que os bens furtados são itens que dificilmente serão recuperados e tinham importância significativa para a instituição. Oliveira destacou que o furto ilustra a situação vulnerável dos museus brasileiros, apontando para a falta generalizada de recursos e estrutura nas instituições culturais do país.
Durante a ação criminosa, o suspeito se feriu, deixando manchas de sangue no local, vestígios que foram coletados pela perícia criminal e podem auxiliar na investigação. O criminoso também tentou forçar acesso ao térreo, onde estão localizados a biblioteca e a sala dos servidores, danificando a cerca interna, mas sem conseguir avançar.
O presidente do IHGDF, José Theodoro Menck, lamentou a falta de policiamento na área, manifestando preocupação com a segurança da instituição. Ele expressou alívio pelo fato de o invasor não ter conseguido acesso aos documentos importantes e valiosos armazenados no local. Menck enfatizou a importância do instituto, que recebe entre 6 e 7 mil alunos por ano e funciona como centro de formação de professores de história e geografia.
A invasão ocorreu apesar da presença de um vigia noturno nas instalações, que não detectou a presença dos suspeitos. A polícia iniciou investigações sobre o caso, recolhendo impressões digitais no local. Até a última atualização das reportagens, o suspeito não havia sido preso. Esta é a quarta vez que o instituto sofre furtos, levantando preocupações crescentes sobre a segurança do estabelecimento e a necessidade de medidas preventivas mais robustas.

