# Bolsonaro e cinco condenados têm prisões mantidas após audiências de custódia no STF
O ex-presidente Jair Bolsonaro e mais cinco condenados do Núcleo 1 da trama golpista passaram nesta quarta-feira (26 de novembro) por audiências de custódia no Supremo Tribunal Federal (STF) e tiveram suas prisões mantidas. As audiências foram realizadas por videoconferência nos locais onde os réus estão presos, presididas por juízes auxiliares do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, para cumprir formalidades legais.
O procedimento ocorreu um dia após Moraes rejeitar os últimos recursos dos acusados contra as condenações e determinar a execução das penas. A Primeira Turma do STF havia formado unanimidade na terça-feira (25) para ratificar a decisão do ministro que ordenou o início do cumprimento de pena e a prisão dos condenados. O resultado dessa votação virtual confirmou que não cabem mais recursos no processo, uma vez que o caso transitou em julgado.
As audiências aconteceram em diferentes horários e locais. Bolsonaro foi ouvido às 14h30 na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, onde permanece preso preventivamente desde 22 de novembro. Almir Garnier foi ouvido às 13h na Estação Rádio da Marinha em Brasília. Anderson Torres foi ouvido às 13h30 em uma ala especial do Complexo Penitenciário da Papuda em Brasília. Augusto Heleno foi ouvido às 14h no Comando Militar do Planalto, também em Brasília. Paulo Sérgio Nogueira foi ouvido às 15h no mesmo local. Braga Netto foi ouvido às 15h30 na Vila Militar, no Rio de Janeiro.
A defesa de Bolsonaro solicitou ao ministro Alexandre de Moraes autorização para que o ex-presidente receba visitas de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro e o vereador Jair Renan. As visitas foram autorizadas para acontecer entre 9h e 11h da manhã.
Os condenados receberam as seguintes penas: Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão; Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de 2022, recebeu 26 anos; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, foi condenado a 24 anos; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, também recebeu 24 anos; Augusto Heleno, general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, foi condenado a 21 anos; e Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa, recebeu 19 anos de prisão.
Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), também foi condenado, recebendo pena de 16 anos, um mês e 15 dias. Entretanto, Ramagem encontra-se foragido em Miami, nos Estados Unidos, e seu mandado de prisão será incluído no Banco Nacional do Monitoramento de Prisões (BNMP).

