O Consórcio Expresso Monotrilho Leste (CEML), responsável pela construção e operação da Linha 15-Prata do monotrilho em São Paulo, firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) no valor de R$ 41,2 milhões. Este acordo, assinado no dia 26 de setembro, resulta na desistência do MP-SP de ajuizar uma ação civil pública contra o consórcio, formado pelas empresas Alstom e Queiroz Galvão (atualmente Álya).
A indenização refere-se a danos materiais e morais coletivos decorrentes de falhas operacionais que impactaram a linha desde o início de sua operação. Entre os episódios destacados está o estouro de um pneu em 27 de fevereiro de 2020, que provocou a paralisação da linha por aproximadamente cem dias, e a queda de peças do monotrilho em uma avenida abaixo da estrutura, registrada em 11 de janeiro de 2023.
Antes deste acordo com o Ministério Público, o consórcio já havia firmado um compromisso com o Metrô de São Paulo para pagar R$ 27,3 milhões, encerrando processos administrativos e judiciais relacionados a prejuízos e multas aplicadas por essas falhas. Agora, o montante de R$ 41,2 milhões será investido diretamente na Linha 15-Prata, que atende a zona leste da capital, a região mais populosa da cidade, conectando-a ao centro.
Parte significativa dessa indenização será destinada à aquisição e modernização de equipamentos essenciais para a operação e conforto dos usuários, incluindo assentos para os bancos dos trens, câmeras de segurança e filtros de ar para o ambiente do monotrilho. A linha, inaugurada em 2015, liga a estação Vila Prudente, da Linha 2-Verde do Metrô, a bairros importantes da zona leste como Sapopemba e São Mateus, sendo vital para a mobilidade regional.
