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Câmara aprova urgência para votar projeto que cria bancada cristã

A Câmara dos Deputados aprovou, com ampla maioria de 398 votos a favor e 30 contra, o pedido de urgência para a votação de um projeto que cria a **bancada cristã** no Legislativo federal. A proposta, incluída para votação pelo presidente da Casa, Hugo Motta, prevê a formação de uma nova bancada parlamentar composta por deputados evangélicos e católicos, unindo os atuais grupos religiosos em uma única frente. Caso aprovada, essa bancada se somará às já existentes bancadas feminina e negra no Congresso Nacional.

O projeto foi idealizado pelos presidentes das frentes parlamentares evangélica e católica, Gilberto Nascimento e Luiz Gastão, ambos do PSD. A bancada cristã terá, entre seus direitos, a representação oficial nas reuniões de líderes da Câmara com direito a voz e voto. Além disso, seu líder poderá se manifestar semanalmente por cinco minutos no plenário durante o período destinado às comunicações de lideranças.

Segundo o requerimento, a formação da bancada cristã no Regimento Interno da Câmara representa o reconhecimento de uma **realidade política e social amplamente consolidada no Brasil**, país de maioria cristã, conforme dados do IBGE. O documento destaca que a nova bancada reafirma o compromisso do Parlamento com a pluralidade representativa, garantindo que valores e convicções morais partilhados por grande parcela da população tenham expressão organizada e transparente no processo legislativo.

É importante salientar que as frentes parlamentares evangélica e católica continuarão a existir e a atuar de forma independente dentro da Câmara, colaborando com a bancada cristã em pautas que reflitam valores comuns, sem que sua atuação deixe de ser autônoma.

A criação da bancada cristã, no entanto, gerou debates acalorados no plenário, evidenciando a importância de um amplo diálogo sobre o tema, conforme afirmou o presidente Hugo Motta após a votação. Os autores do projeto defendem que a bancada reforçará o direito dos parlamentares de promover debates públicos à luz de seus princípios éticos e espirituais, trazendo maior visibilidade a pautas relacionadas à família, vida, justiça social e liberdade de expressão da fé, sem implicar aumento de gastos para a Câmara.

A proposta surge em um contexto em que a bancada evangélica já é uma força relevante no Congresso, com centenas de parlamentares distribuídos por diversas denominações religiosas, e agora busca ampliar sua representação unificando-se aos deputados católicos para fortalecer sua articulação política e presença nas decisões do Legislativo federal.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)