Espiritualidade para os dias atuais, parte II

Dando continuidade à reflexão do texto passado, no qual refletíamos a imagem ou imagens de Deus incutidas ao longo dos séculos nas mentes e corações das pessoas, iremos trabalhar, nesse texto, a imagem de um Deus intimidador e controlador. Usando uma afirmação de um grande pensador Anselmo Gros quando ele diz: “Nossa experiência de Deus e nossa vivência quanto a nós mesmos dependem de imagens que trazemos em nós sobre Deus e sobre nós mesmos.”

Percebemos que muitas pessoas têm uma imagem de Deus do tipo marionetista (pessoa que manipula a marionete) e um Deus que põe medo e, além disso, justifica todo tipo de maldade (Hitler, Mussolini, Stalin e Auschwitz (campo de concentração Nazista). Com isso, gera-se uma relação de infantilismo e dependência. Veja, por exemplo, os jogadores de futebol: quando eles fazem um gol, levantam os braços para o céu ou o dedo indicador para dizer que foi Deus que o fez, todavia, quando perdem não afirmam que foi Deus que quis a derrota.

Ademais, quando um estudante passa no Enem ou num concurso, afirma que Deus o fez ser vitorioso, em detrimento de milhares terem feito a mesma prova e acabarem eliminados, negando seu esforço, talento e capacidade. Essa relação com Deus é mentirosa e perversa. Esse tipo de Deus não merece ser reconhecido. Pergunto: você conhece pessoas que têm essa relação com Deus? E você como se relaciona com seu Deus?

Por Diácono Manoel Viana

João Pessoa, Paraíba, 29 de fevereirio de 2024


*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal NEGOPB