Espiritualidade para os dias atuais, texto VI

No outro texto passado, falava que tínhamos que vivenciar, de forma profunda, a imagem de Deus como Criador; falei do valor de toda a criação tendo “o dedo de Deus” em todas as particularidades de cada espécie criada, desde as estrelas mais distantes até uma semente que cai na terra, rompe e faz brotar uma estrondosa arvore com belos frutos, residência de diversos animais e pássaros, tudo em harmonia e em total dependência uns dos outros para poder existir. Que Beleza. Como é linda essa imagem de Deus Criador.

Alguém me perguntou o porquê dessa Criação, aí surge a outra imagem linda de Deus como Amor. Claro que essa expressão é humana; ela traz, dentro de si, as limitações das expressões, podendo encontrar uma palavra que se aproxime um pouco do que significa Deus. Então, vejo essa palavra como a mais próxima da verdadeira realidade de Deus.

Ele é amor. Não consigo encontrar outra imagem a não ser a de alguém que é tão grande e belo, para realizar e fazer tudo isso a não ser a de alguém que é puro amor. Olhando um nascer ou um pôr do sol aqui bem pertinho de mim, na cidade de Cabedelo, no Jacaré, é algo mágico, divino e com o bolero de Ravel sendo executado, enquanto o sol vai se pondo, leva a todos que assistem a uma dimensão profunda, transcendental, algo mágico, uma grande alegria e felicidade, e nos sentimos próximo do Deus Criador e Amor. Somos todos transportados para a eternidade. É algo profundo. Pergunto se você já sentiu algo assim na sua vida diante de algo divino e mágico?

Por Diácono Manoel Viana

João Pessoa, Paraíba, 10 de abril de 2024