A Procuradoria-Geral da República denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a ex-primeira dama da Paraíba (PB) Pâmela Bório, que foi identificada como um dos participantes daqueles que invadiram os prédios na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília.
De acordo com a Procuradoria-Geral, Pâmela Bório, que já fora esposa do ex-governador Ricardo Coutinho (PT), de maneira livre, consciente e voluntária, buscou, com emprego de violência e grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo e restringindo o exercício dos Poderes Constitucionais.
“No caso específico de Pâmela Bório, há provas suficientes de sua participação nos atos violentos de 8.1.2023. A denunciada permaneceu unida subjetivamente aos integrantes do grupo e participou da ação criminosa que invadiu as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal e quebrou vidros, cadeiras, painéis, mesas, móveis históricos e outros bens que ali estavam, causando a totalidade dos danos descritos pelo relatório preliminar do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)”, disse a PGR.
Para a PGR, Pâmela colaborou com atos de estrago e destruição de bens protegidos por ato administrativo, pois tombados como peças urbanísticas dentro da escala monumental do projeto do Plano Piloto, assim como de suas respectivas estruturas arquitetônicas.
“A identificação de Pâmela foi realizada a partir de notícia-crime apresentada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que encaminhou capturas de tela de publicações temporárias (stories) publicadas pela denunciada na rede social Instagram, em que retrata a si mesma nos eventos de 8.1.2023. Em seu Termo de Declarações, Pâmela indicou ser suplente de Deputado Federal e confirmou sua presença nos atos de 8.1.2023 acompanhada de seu filho menor de idade”, disse.