OPINIÃO | Brasil fica para trás na vacinação. Custo de vidas é incalculável

Neste sábado (26), quase 20 países no mundo já estão vacinando suas populações contra o novo coronavírus.

Esses sairão na frente na corrida pela volta da normalidade e da retomada econômica. No Brasil, o custo da espera será pago com vidas.

Talvez a partir de agora o brasileiro comece a entender o poder do voto e a responsabilidade que cada um de nós temos quando escolhemos um governante e que “mitos” não existem.

Todas as vidas perdidas a partir do início da vacinação mundo a fora, estão na conta do governo do Presidente Jair Bolsonaro, maior responsável pela tragédia sanitária vivida por todos nós.

Quem pensa diferente está alienado ou é mal caráter.

Retardatário na vacinação da população, o governo brasileiro expôs 200 milhões de pessoas a mais 3 meses sem vacina. Poderei ser eu, você, ou sua família, a contrair COVID, enquanto a minúscula Costa Rica já vacina seu povo. Enquanto nossos vizinhos Argentina e Chile já vacinam suas populações.

O Brasil ficou para trás, por ideologizar e politizar um debate científico e técnico. Opiniões de blogueiros passaram a valer mais que de cientistas e médicos.

O presidente da república fez todo o possível para boicotar os esforços de Estados e Municípios. Duvidou da doença, demorou para fechar as fronteiras, desestimulou o isolamento social e o uso de máscaras e por último desestimula a população a se vacinar quando sequer foi capaz de oferecer a vacina.

Para o Ministério da Saúde, nomeou um General de 4 estrelas, como diria Renato Russo, que supostamente seria especialista em logística, mas não foi capaz de organizar as compras dos insumos, da vacina e organizar com os Estados e Municípios um plano de vacinação. Publicou um documento forçado pelo prazo dado pelo Supremo, com assinatura de pesquisadores que sequer viram a sua versão final e contestaram pedindo para retirarem seus nomes.

Resumindo, é um tremendo falastrão, tal qual seu chefe.

A partir de agora o mundo já se reorganiza entre os “vacinados” e os “não-vacinados”. Os impactos na geopolítica serão inevitáveis. A liberdade de circulação de pessoas e produtos será condicionada ao estágio de vacinação de cada país. Impactos econômicos serão consequência.

Nossa classe média e nossos ricos já estão se vacinando fora do Brasil, patriotas como são. Elegeram Bolsonaro e como de costume, quem pagará a conta são os mais pobres, vítimas desse desgoverno.

Para a vacina o brasileiro não sabe nem data nem hora, mas para o fim do auxílio emergencial, o governo já calculou com precisão. É o que faz de melhor, suprimir direitos e garantias.

É isso, pagaremos com vidas humanas o erro cometido nas urnas em 2018.

Que fique a lição e que nunca mais se repita. Mitos não existem.

Por J. Laurentino

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