O radialista Nilvan Ferreira ainda não saiu do candidato ou o candidato não saiu dele.
De volta a TV, dizem que sob a condição de não utilizar o horário para revanchismo eleitoral e não fazer política e ataques aos governos estadual e municipal de João Pessoa, Nilvan utiliza as redes sociais para essa finalidade.
Em cada postagem do ex-candidato, a tentativa é de incitar seguimentos sociais contra as políticas públicas e decisões das administrações. Até a chuva é culpa de João e Cícero.
Assim como no caso recente dos decretos que preveem o fechamento das igrejas, por 15 dias, diante do esforço concentrado para evitar o colapso do sistema de saúde na fase mais crítica e aguda da COVID-19 na Paraíba e no Brasil.
Nilvan chama de “perseguição” às igrejas, acredite, os supermercados estarem abertos!
De Nilvan, não saiu nenhum apelo ou orientação para a população ficar em casa, usar máscara e se cuidar, evitar aglomerações. Em suas postagens apelativas, cria apenas discórdia e desunião, em um momento tão difícil para todos.
É o seu mote, na discórdia é onde se evidencia como o “bom pastor” e “salvador”, jogando a população contra o poder público. Se acostumou a fazer caridade midiática, ao vivo, e avalia que deu resultado, diante da expressiva votação que obteve, porém insuficiente.
Nilvan não entendeu na campanha e continua sem entender. Sua derrota veio justamente da falta de credibilidade para cumprir as tantas promessas que fazia. Sem um norte claro, prometia o que agradava cada seguimento e cada eleitor.
Foi seu discurso de conveniência quem o derrotou!
Agora é a mesma coisa, fala o que as igrejas querem escutar, o que cada setor quer ouvir e o que os empresários pagariam para que fala-se, se fosse o caso.
Se a lógica que o radialista segue é a do interesse eleitoral, está prestando um desserviço ao município e ao Estado. Se pretende ainda ser o “pai dos pobres”, deveria sair em defesa destes, para que parem de ser usados como se fossem cordeiros em sacrifícios, oferecidos ao coronavírus, para manter negócios e empresas abertos.
Sem identidade candidato, o senhor não chegará a lugar nenhum. Não confunda conjuntura, com status quo. Se cuide. Fique em casa.
Por J. Laurentino
Esse texto foi recebido por colaboração independente e não reflete, necessariamente, a opinião do Portal NegoPB.