Aliados de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro, Bruno Cunha Lima e Romero Rodrigues vivem um dilema em Campina Grande. Comprar vacinas e imunizar a população ou agradar Bolsonaro e garantir seu apoio eleitoral em 2022?
Com o aval dado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no último dia 23, para que Estados e Municípios possam realizar a compra direta do imunizante, Bruno precisa tomar essa difícil decisão que poderá desagradar Bolsonaro e ter consequências eleitorais para os planos do grupo.
O presidente, como todos sabemos, tem preferência pela vacina de Oxford, na qual apostou todas as suas fichas e a dos brasileiros para sua aquisição. Com o atraso da produção e sem outras opções, recorreu a Coronavac, chinesa. Mas quer o protagonismo na vacinação da população e para isso precisa que Estados e Municípios dependam da vacina que o Ministério da Saúde disponibilizar e adquirir.
O prefeito tem uma chance de ouro para acelerar a vacinação da população. A americana Pfizer tem 100 milhões de doses disponíveis para o Brasil e já avisou que não negocia mais com o governo federal.
Com a aquisição do imunizante diretamente pelo município, Campina Grande poderia dar um salto no número de vacinados e interromper a transmissão comunitária, seria um “grande dia”.
Resta saber se o prefeito fará a opção pelo que é melhor para a população ou para as eleições de 2022, fica a dúvida.
Se não comprar a vacina, saberemos o que escolheu!
Por J. Laurentino
Esse texto foi recebido por colaboração independente e não reflete, necessariamente, a opinião do Portal NegoPB.