João Pessoa é a terceira cidade mais antiga do Brasil. Tem história e tradição. Emprestou ao Brasil um Presidente da República, vários Ministros de Estado, poetas e advogados . É terra de José Américo de Almeida e Ariano Suassuna.
Muito tem se falado, que a “aventura” Nilvan Ferreira terá seu preço para João Pessoa, caso venha a ser eleito.
Nilvan é o que se chama de showman. Segundo o dicionário inglês-português de Cambridge, é a pessoa que se dedica a produção de espetáculos, um empreendedor de eventos e produções. Um “cuspidor de fogo” ou “encantador de serpentes”. São sinônimos.
As eleições de João Pessoa, são seu novo empreendimento. Vestiu uma roupa falsa de conservador e partiu para aproveitar a onda bolsonarista.
A ocupação de Nilvan, segundo informações fornecidas ao TSE, é de locutor e comentarista de rádio, televisão e radialista.
Grau de instrução? Ensino Superior Incompleto. Ou seja, nível médio.
Façamos uma reflexão. Um exercício de sabedoria.
Como confiar uma cidade com quase 1 milhão de habitantes, com desafios imensos na educação, na saúde, na segurança, em um contexto de pandemia e pós-pandemia, com toda uma recuperação econômica para ser gerenciada, ou seja, com vidas e empresas em jogo, a uma pessoa que sequer se preparou para isso? Que sequer estudou e se capacitou?
Sem ensino superior, Nilvan não poderia assumir uma vaga de analista na prefeitura de João Pessoa e vamos elegê-lo prefeito para “gerenciar” os analistas? Não faz sentido.
A aventura fica exposta, desnuda, quando percebemos que em toda sua trajetória de vida, Nilvan não procurou concorrer a nenhum cargo público.
Não estudou para isso. Não buscou uma formação acadêmica que pudesse contribuir e lhe capacitar para servir a sociedade, para gerir uma cidade.
O único empreendimento que se tem notícia que Nilvan gerenciou, suas lojas de roupas de “grife”, foram fechadas pela polícia e o processo até hoje tramita na justiça. Uma sentença é esperada.
Não precisa ser um gênio para entender o risco que se corre, ao confiar a este cidadão as “chaves” da cidade, especialmente nesse momento tão delicado em que vivemos com uma das maiores pandemias que já atingiram a humanidade, ainda em curso.
Nilvan Ferreira não está à altura de João Pessoa. Precisa melhorar e voltar quando estiver pronto, agora não está.
Por J. Laurentino
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