OPINIÃO | Suplente de Pedro Cunha Lima vota SIM para o fundão eleitoral de 5,7 bilhões

Foto: Divulgação

Farinha pouca, meu pirão primeiro!

Para qualquer um que conheça o mínino do que se passa nos bastidores de Brasília, sabe muito bem que o jovem Deputado Rafafá não teria autonomia para votar de outra maneira. Pesou a orientação do titular e “dono” do mandato.

Li outro dia, o todo empolgado Pedro Cunha Lima, defendendo sua “pec dos penduricalhos” que prevê o fim dos auxílios creche, mudança, livro, saúde, alimentação ou qualquer outro para quem recebe mais de 1/4 do salário do ministro do Supremo Tribunal Federal (aproximadamente R$ 10 mil).

É aquele tipo de proposta que ganha manchete, faz o parlamentar “ficar bem na fita”. A ideia nunca chegou a ter sequer a atenção da bancada do PSDB, mas serve para desfilar um distitivo de austeridade. Nada mais.

Com o voto a favor do agora, SUPER fundão eleitoral, com seus 5,7 bilhões, valor muito superior ao que a “PEC dos penduricalhos” poderia economizar, a verdade se desnuda e as bravatas caem por terra.

Nem crise econômica, ou empresas falidas, muito menos os milhares de trabalhadores que perderam seus empregos e esperam o avanço da vacinação na esperança de uma rápida recuperação econômica foram suficientes para sensibilizar o parlamentar a votar ‘não’, contra esta imoralidade tácita e explícita. A sessão poderia ter sido exibidade em qualquer site de conteúdo adulto, que não perderiam acessos.

É como já disse, antes de questões e arranjos políticos partidários, a identificaçao do parlamentar com a proposta é o que pesa na hora do voto. E essa identificação com determinadas pautas é fundamental para saber quem é quem e não cair nas armadilhas destiladas pelos marketeiros nas redes sociais e nos cursos de midea training.

É o caso de Pedro, por exemplo, que ao conceder entrevistas parece um liberal progressista, mas vota como um conservador, preservando o establishment.

Fonte: Poder360

Não que Rafafá tenha sido o único Deputado da Paraíba a votar sim, para o aumento do fundo, mas é importante com o ano eleitoral chegando, saber separar o “joio do trigo”, como se costuma dizer.

Já cantava Bezerra da Silva,

Farinha pouca, Meu pirão primeiro. Este é um velho ditado, Do tempo do cativeiro.

E a chica assim dizia, Na hora de preparar. Pro pirão ficar gostoso, Tem que saber temperar.

E esse “pirão” foi bem temperado (R$).

Por J. Laurentino

Esse texto foi recebido por colaboração independente e não reflete, necessariamente, a opinião do Portal NegoPB.