O assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil paulista, Ruy Ferraz Fontes, ocorrido no dia 15 de setembro em Praia Grande, no litoral paulista, segue sob investigação. Ferraz, que atuava como secretário de Administração na prefeitura da cidade desde 2023, foi morto a tiros por homens armados após deixar seu local de trabalho. O crime foi filmado por câmeras de segurança, mostrando a perseguição e a emboscada que resultaram na morte do ex-delegado.
A investigação, liderada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), revelou que o grupo responsável pelo ataque utilizou casas alugadas como base operacional e que Ruy Ferraz já estava sendo monitorado pelos criminosos há mais de um mês. Imagens de câmeras de segurança mostram o carro de Ferraz em fuga, capotando entre dois ônibus antes de ser alcançado pelos agressores. Três homens armados com fuzis usaram um carro para perseguir e atacar o veículo de Ferraz, disparando vários tiros.
Até o momento, seis pessoas foram presas por envolvimento no crime, e duas continuam foragidas. Um dos suspeitos foi preso recentemente na região do Morumbi, na capital paulista, e é descrito como responsável por organizar o transporte de um dos participantes do crime. O envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) na execução foi confirmado pelas autoridades, e a hipótese mais forte é de vingança por suas ações contra a facção durante sua carreira.
Ruy Ferraz dedicou mais de 40 anos à carreira policial, destacando-se por sua atuação na Divisão de Homicídios do DHPP e por liderar a Delegacia Geral da Polícia Civil de São Paulo. Suas ações foram cruciais na prisão de diversas lideranças do PCC, incluindo Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo do grupo. O caso segue sob alta atenção, com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, assegurando que as autoridades continuarão perseguindo todos os envolvidos.
