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Preço do café da manhã pode variar até 540% em padarias de São Paulo

O café da manhã, refeição essencial para milhões de brasileiros, pode custar muito mais ou menos, dependendo da escolha do consumidor. Uma pesquisa recente do Procon-SP em padarias de São Paulo e outras dez cidades do estado revelou disparidades impressionantes nos preços de itens básicos como pão, café e pão de queijo. O levantamento, realizado entre 23 e 26 de setembro de 2025, visitou 50 padarias distribuídas por todas as regiões da capital e estabelecimentos em municípios como Campinas, Santos, Bauru e São José dos Campos, mostrando que, mesmo dentro de uma mesma cidade, o preço do café da manha pode ser até cinco vezes maior, dependendo do local.

Em São José dos Campos, por exemplo, a discrepância dos preços chama atenção: o pão brioche pode ser encontrado por R$ 16 em uma padaria, enquanto outra vende o mesmo produto por apenas R$ 2,50 – uma diferença de 540%. Essa variação impressiona e demonstra que, sem pesquisa, o consumidor pode pagar muito mais por um produto idêntico. O resultado se repete em outros itens: o café coado apresentou diferença de 151% entre Presidente Prudente (R$ 3,83) e a capital paulista (R$ 9,61). O pão de queijo teve variação de 118%, com a maior média em São Paulo (R$ 9,44) e a menor em Presidente Prudente (R$ 4,33).

Até o quilo do pão francês, carro-chefe das padarias, apresentou variação dentro da própria cidade de São Paulo. Na zona leste, o preço médio foi de R$ 23,29, enquanto na zona oeste chegou a R$ 24,35. O tradicional combo pão com manteiga na chapa acompanhado de café coado registrou oscilação de 27% entre bairros paulistanos, evidenciando que, mesmo entre vizinhos, o valor pago pode ser bem diferente.

Em outras cidades, a diferença também chama a atenção. Em Bauru, o combo pão de queijo com café coado variou mais de 200%: de R$ 4,60 até R$ 14. Já em Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, o café coado foi vendido por valores que variaram quase 300%, mostrando que, independentemente do tamanho da cidade, o consumidor deve estar atento para não pagar mais pelo mesmo produto.

O Procon-SP reforça que o consumidor deve verificar sempre o preço, a validade, o peso e os ingredientes dos produtos, especialmente aqueles fabricados na própria padaria. É obrigatório que os preços sejam exibidos de forma clara e, caso haja diferença entre a gôndola e o caixa, prevalece o menor valor. O órgão lembra também que o pão francês deve ser vendido por peso e que não é permitido impor valor mínimo para compras com cartão. Em caso de problemas, o consumidor pode registrar reclamação no site do Procon-SP, e irregularidades sanitárias devem ser denunciadas à Vigilância Sanitária municipal.

No momento em que o país celebra o Dia Mundial do Pão, em 16 de outubro, é importante lembrar que o Brasil é o país com mais padarias no mundo – são mais de 70 mil, sendo que quase metade está na região Sudeste, segundo a Sampapão. O setor movimentou R$ 178,1 bilhões em 2024, com 7,6 milhões de toneladas de pães produzidos, segundo a Euromonitor. A tendência é de crescimento, com expectativa de atingir R$ 210 bilhões nos próximos três anos.

Diante desse cenário, os consumidores ganham destaque: com uma simples pesquisa de preços, é possível economizar e garantir um café da manhã mais barato e justo. A informação se torna uma aliada fundamental diante das grandes diferenças encontradas entre uma padaria e outra, seja na capital ou no interior paulista.

Fonte: Agência Brasil – Matéria Original (Clique para ler)
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