Em um comício feito nesta quarta-feira (17), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alertou para a possibilidade de ocorrer um “banho de sangue” e uma “guerra civil” caso ele não saia vitorioso nas próximas eleições, marcadas para o dia 28 de julho. Maduro, que ocupa a cadeira presidencial desde a morte de Hugo Chávez, em 2013, busca um terceiro mandato de seis anos.
“O destino da Venezuela no século 21 depende de nossa vitória em 28 de julho. Se não quiserem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo […] Quanto mais contundente for a vitória, mais garantias de paz vamos ter”, declarou Maduro.
Enquanto isso, uma das lideranças da oposição venezuelana afirmou estar “ligando um alarme para o mundo sobre a escalada da repressão de Maduro contra aqueles que trabalham na campanha eleitoral ou nos ajudam em qualquer parte do país: ele fez da violência e da repressão a sua campanha eleitoral”, denunciou María Corina Machado, que foi impedida pela Justiça de concorrer à presidência.
Parte da comunidade internacional teme que haja irregularidades no processo eleitoral venezuelano. Dentre estes países, destacam-se os seguintes: Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Chile, Equador, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.