Um tornado de categoria F3 atingiu a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, causando destruição significativa e deixando seis mortos. O fenômeno, classificado como severo devido aos ventos que ultrapassaram 250 km/h, foi formado por uma supercélula dentro de uma frente fria associada a um ciclone extratropical no Rio Grande do Sul, que deslocou uma frente fria para o Paraná. Este tipo de tornado é um evento localizado e de curta duração, difícil de prever com antecedência significativa, geralmente apenas com cerca de 15 minutos de aviso.
Tornados se formam dentro de nuvens de tempestades intensas, quando há características favoráveis, como ar quente próximo ao solo e variações rápidas na direção ou velocidade dos ventos. Apesar de serem fenômenos relativamente frequentes, especialmente na Região Sul do Brasil — uma das áreas com maior incidência de tornados na América do Sul junto com Argentina e Paraguai — seus impactos só se tornam evidentes quando atingem áreas habitadas. O ciclone extratropical que influenciou a formação do tornado em Rio Bonito do Iguaçu é diferente dos tornados por sua escala e duração, afetando regiões muito maiores por dias, enquanto tornados ocorrem em áreas pequenas e por minutos.
Além da intensidade dos ventos, que provocaram a destruição de cerca de 90% da cidade e interrupção total de energia e comunicação, o evento reforça a necessidade de aprimorar sistemas de monitoramento meteorológico no Brasil, como a expansão da rede de radares Doppler, além de implementar códigos de construção mais resistentes para enfrentar ventos extremos. A tragédia de Rio Bonito do Iguaçu destaca a importância de preparar o país para enfrentar fenômenos climáticos cada vez mais extremos, unindo ciência, planejamento e resiliência no combate aos danos causados por eventos meteorológicos severos.

