ANVISA diz precisar de 60 dias para analisar vacinas, após Dória anunciar vacinação em janeiro

“Para efetuarmos o registro de vacina contra o coronavírus, demandamos no mínimo 60 dias para analisarmos os documentos”, diz presidente da ANVISA.

Em entrevista ao programa Pânico nesta segunda-feira, 7, Antonio Barra Torres, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), afirmou que “nenhuma das quatro vacinas em desenvolvimento no Brasil apresentou protocolos de registro”. Desta forma, Torres destacou que nenhum dos imunizantes contra a Covid-19 possuí o aval para uso amplo até este momento. Entre as vacinas com estudos clínicos aprovados pela Anvisa estão a de Oxford – produzida pelo laboratório AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, a Sinovac – desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, a BioNTech e Wyeth/Pfizer e a vacina Jansen-Cilag – criada pela divisão farmacêutica da Johnson-Johnson. “Nenhuma das quatro deu entrada em documentos de registro, por isso não temos sequer os protocolos para serem analisados. Antes de verificarmos estes protocolos de registro, precisamos acessar os documentos dos estudos clínicos referentes à fase III dos testes. No entanto, estes estudos ainda não se encerraram. Para efetuarmos o registro de vacina contra o coronavírus, demandamos no mínimo 60 dias para analisarmos os documentos”. O presidente da agência reguladora ainda reiterou a necessidade de um processo rigoroso para a aprovação dos medicamentos. “Não é possível brincar nesta hora, estamos falando de uma coisa muito séria. Tratamos de atestar a uma mãe, a um pai, esposo ou esposa que podem usar as vacinas com a certeza de qualidade, segurança e eficácia. Por isso, encaramos o assunto com toda a seriedade que ele demanda”, disse.

São Paulo (CoronaVac)

O governo de São Paulo disse nesta segunda-feira (7) que o plano de vacinação com a CoronaVac começa no dia 25 de janeiro de 2021. O primeiro grupo a receber a vacina contra o coronavírus engloba profissionais de saúde, indígenas e quilombolas de todo o estado.

“O público-alvo da primeira fase da vacinação são as pessoas com 60 anos ou mais, que correspondem a 7,5 milhões de pessoas, trabalhadores de saúde, que são os nossos grandes agentes na linha de frente salvando vidas, quilombolas, indígenas, que são 1,5 milhão de pessoas e a prioridade são os trabalhadores de saúde, num total de 9 milhões de pessoas”, disse Regiane de Paula, coordenadora do controle de doenças da Secretaria Estadual da Saúde.

Com informações de Jovem Pan e G1