Chanceler britânico diz que Israel prepara retaliação contra ataques iranianos

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, alertou hoje (17) que Israel está decidido a retaliar contra o Irã pelos ataques realizados no último sábado (13). A declaração do ministro, feita durante uma visita a Israel, representa o aviso mais contundente até agora de que a escalada da violência na região pode continuar.

Os ataques iranianos foram lançados em resposta a um suposto ataque aéreo israelense, no dia 1º de abril, contra a embaixada do Irã em Damasco, responsável por matar oficiais de alta patente da Guarda Revolucionária Iraniana. A Guarda Revolucionária é tida como grupo terrorista por alguns países da comunidade internacional.

Este foi o primeiro ataque direto do Irã contra Israel em décadas, e gerou grande preocupação na comunidade internacional. Os mísseis e drones iranianos foram em sua maioria abatidos por Israel e seus aliados, mas o país considera a retaliação como crucial para preservar sua capacidade de dissuasão.

Potências mundiais estão trabalhando intensamente no intuito de evitar que um conflito generalizado se espalhe pelo Oriente Médio. Israel, por sua vez, diz que tem de retaliar para preservar a credibilidade de seus meios de dissuasão. O Irã afirma que considera o assunto encerrado por enquanto, mas retaliará novamente se Israel o fizer.

“Está claro que os israelenses estão tomando a decisão de agir”, disse Cameron aos repórteres no início de sua visita a Jerusalém. “Esperamos que eles o façam de uma forma que contribua o mínimo possível para a escalada.” Ele defendeu sanções coordenadas contra o Irã pelo G7, que se reunirá esta semana na Itália. “Eles [os iranianos] precisam receber uma mensagem clara e inequívoca do G7”, afirmou Cameron.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deve discutir a resposta do país ao Irã em uma reunião de gabinete de guerra. Washington também anunciou a imposição de novas sanções contra o programa de mísseis e drones do Irã nos próximos dias, e espera que seus aliados sigam o exemplo.