Ebrahim Raisi, presidente do Irã, morreu em um acidente de helicóptero no domingo. Clérigo linha-dura e próximo do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, Raisi consolidou o controle conservador ao ser eleito em 2021.
Ex-chefe do Judiciário, Raisi sucedeu Hassan Rouhani após uma eleição marcada pela exclusão de candidatos moderados e baixa participação. Seu mandato enfrentou protestos em 2022, problemas econômicos e tensões regionais, incluindo a guerra entre Israel e Hamas.
Nascido em 1960 em Mashhad, Raisi se tornou promotor após a Revolução Islâmica de 1979 e foi associado às execuções em massa de 1988, fato que sempre negou. Em 2019, foi nomeado chefe do Judiciário e sancionado pelos EUA por violações de direitos humanos.
Raisi venceu a eleição presidencial de 2021, prometendo combater a corrupção e melhorar a economia. Sua gestão foi marcada por repressões a protestos e tensões regionais, incluindo um ataque de drones e mísseis contra Israel.
O acidente ocorreu durante uma visita ao noroeste do Irã, com Raisi e outros altos funcionários a bordo. O nevoeiro e a chuva forte dificultaram os esforços de resgate, e todos os ocupantes do helicóptero foram encontrados mortos.
O helicóptero transportava Raisi, o ministro das Relações Exteriores iraniano e outras autoridades quando caiu. Ele estava sobrevoando um terreno montanhoso sob forte neblina no caminho de volta de uma visita à fronteira com o Azerbaijão, disse uma autoridade iraniana à Reuters.
Raisi era casado com Jamileh, professora universitária, e tinha duas filhas. Seu sogro, aiatolá Ahmad Alamolhoda, é uma figura religiosa influente em Mashhad.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, Mohammad Bagheri, ordenou uma investigação sobre a causa do acidente.