Após assembleia geral realizada nesta quarta-feira (29), os professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (03). A decisão foi tomada majoritariamente, com 167 votos favoráveis, 38 contrários e 2 abstenções.
A paralisação, que afeta os campi de João Pessoa, Litoral Norte e Mangabeira, é motivada pela recusa do governo federal em conceder reajuste salarial aos docentes em 2024. A categoria reivindica a reposição das perdas acumuladas desde 2016, o que totaliza 22,71%. Já o governo propõe um aumento de 9% em 2025 e 3,5% em 2026, proposta rechaçada pelos professores.
Segundo o tesoureiro da Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (ADUFPB), professor Édson Franco, a greve se configura como último recurso diante da intransigência do governo. “Não nos restou outra alternativa, a partir dos posicionamentos do governo, a não ser a deflagração da greve por parte dos docentes”, afirmou ele durante a assembleia.
A ADUFPB já havia deflagrado greves nos campi de Areia e Bananeiras na manhã desta quarta-feira. Na segunda-feira (03), às 15h, será instalado o comando de greve na sede da associação, localizada no Centro de Vivências da UFPB.
Além do reajuste salarial, os docentes da UFPB reivindicam melhores condições de trabalho, investimento na infraestrutura das universidades e valorização da carreira docente.
A greve deve afetar as atividades de ensino, pesquisa e extensão na universidade. As aulas presenciais serão suspensas, assim como os serviços administrativos não essenciais.