OPINIÃO | Jovem Pedro Cunha Lima cobra vassalagem a Tovar! Prática era comum, na idade média

O candidato derrotado nas eleições de 2022 – graças a Deus – Pedro Cunha Lima, utilizou uma rede social, na última terça (10), para cobrar de forma nada velada, lealdade a seu aliado Tovar Correia Lima.

Em evento de liberação de emendas parlamentares, o Deputado, da oposição, apareceu sorrindo e cumprimentando o governador João Azevedo com um aperto de mão.

Decepção! – disse Pedro.

Para compreender a ira do jovem Cunha Lima, precisamos rememorar as raízes do clã, no seio da escravidão e do Império na cidade de Brejo de Areia (região da Borborema).

Senhores feudais na Europa, aqui, foram chamados de senhores de engenho, de escravos, coronéis, prefeitos e governadores.

Precisamos entender que, para um Cunha Lima, não existem aliados, mas sim, vassalos, que lhes devem obediência cega. Exemplos não faltam, como o rompimento Cássio x Ricardo. Cássio x Cícero Lucena, entre outros, para não falar Ronaldo x Burity, nesse caso, adversários, que são combatidos como inimigos (será isso que Pedro cobra/espera de Tovar?).

Segundo, as famílias aliadas, são famílias acessórias da oligarquia. Nas eleições, devem aguardar a decisão dos Cunha Lima, que definirão entre eles, quem será o cabeça de chapa, e depois abrem espaço para as demais vagas. Rodrigues, Correia, Cabral, Carneiro, Toscano, entre outras, que orbitam o clã, sempre com algum elo de parentesco.

Terceiro, não existe isso de “independência política”. O chefe precisa ser consultado para qualquer posicionamento político do vassalo, ora essa! Pois deve o cargo que ocupa ao clã e a proteção jurídica que recebe contra quaisquer desmandos perpetrados à serviço da oligarquia, como por exemplo, em Tribunais, Conselhos, cargos estratégicos, Congresso Nacional, Assembleia, Câmaras, prefeituras…

Mas Cássio apoiou Ricardo… alguns podem dizer, e é verdade, mas toda regra tem sua excessão, e todos sabemos como essa aliança terminou.

Então, caros leitores, não me admira a atitude do jovem Cunha Lima, está no sangue, é inevitável. Registra-se ainda que a mãe do prefeito Bruno Cunha Lima, endossou as críticas ao deputado Tovar.

Não se enganem com os cabelos grandes (homenagem a Vené?) e a barba por fazer, as roupas despojadas, a fala mansa, o discurso bonito de “novas práticas” e “novos modelos”, Pedro é Cássio, e este comanda a oligarquia mais poderosa da Paraíba.

Por J. Laurentino

* Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal NEGOPB