OPINIÃO | PEC do ‘Estouro’ uma ova. PEC da Sobrevivência. Congresso Nacional é frouxo e vendido ao capital internacional

Já passou da hora de elegermos parlamentares comprometidos com o Brasil e com os brasileiros.

O atual Congresso Nacional não nos representa. Lacaios do poder e do sistema financeiro internacional.

O Brasil continua sendo o país que nunca foi.

Não vou nem me dar ao trabalho, e creditar ao jogo da política, de debater o adjetivo de PEC do “Estouro”, ao instrumento necessário para manter o mínimo de alimento na mesa de 50 milhões de brasileiros.

Segundo dados do IFI – Instituição Fiscal Independente, órgão ligado ao Senado Federal, a Dívida Bruta do Governo Geral (% de PIB), vai equivaler em 2023, a 79,49% do PIB. Ou seja, todo o gasto público brasileiro com saúde, educação, segurança, investimentos, salários, concursos, etc. terá que caber e ser pago com apenas 20% de toda a riqueza que foi produzida no Brasil.

Imagina o tamanho da riqueza! É como se o seu salário fosse grande o suficiente para pagar todas as suas contas com apenas 20% dele e o resto fosse “sobrando”. Esse é o Brasil.

Mas isso não é amplamente divulgado e explicado aos brasileiros, que acreditam que os 20 bilhões que a a corrupção custa por ano, não é pouco, são o principal problema nacional. Foram manipulados para acreditar nessa mentira, e são incautos em sua grande maioria.

Essa famigerada dívida pública, herança maldita em grande parte dos governos militares incompetentes e irresponsáveis com seus “milagres econômicos”, e seus “Pazuellos” é a grande responsável por retirar a comida da mesa dos brasileiros.

O governo eleito precisa compreender que não existe desenvolvimentismo sem mecanismos de financiamento de longo prazo, com juros subsidiados. Os lucros das estatais precisa ser revertido nesse momento de crise e recuperação para realizar os investimentos que o Brasil precisa para voltar a crescer e gerar emprego. Lucro de estatal não deveria fazer parte de superávit para pagar juros, começa daí.

É riqueza nacional, pura e simples. Imagina que uma estatal que já tem um banco internacional entre seus acionistas, paga a esse banco através de lucros e dividendos, uma dinheirama. Mas, não é suficiente, o banco, caso credor da dívida pública brasileira, ainda irá receber, direto do Tesouro Nacional, da parte que a mesma estatal repassou aos cofres públicos, sua cota de juros e amortizações, que vai utilizar para comprar novas fatias de outras estatais ou emprestar ao Brasil novamente, ou comprar títulos da dívida brasileira e fazer jus a mais juros, e assim sucessivamente, sem cessar. A conta não vai fechar nunca. São trilhões de reais todos os anos.

O segundo ponto é renegociar a dívida pública brasileira. O Congresso Nacional deveria levantar essa bandeira, em última análise como o representante do povo, não como seu expropriador. Como explicar a alguém que não tem comida, que está numa fila de hospital esperando uma cirurgia, uma prótese, ou até mesmo uma simples transferência que esbarra na falta de ambulância, que o Brasil, pagou em 2021, R$ 1,96 TRILHÃO em juros e amortizações da dívida pública para uma dúzia de bancos e fundos de investimento?

Como explicar a alguém que não sabe contar até 100, que 20 bilhões que a corrupção desvia é um trocado, perante 2 trilhões de juros anuais e crescendo?

Na data de hoje, as instituições brasileiras, em especial o Congresso Nacional, são mais leais ao capital internacional que ao povo que os elege, é a realidade.

Ratings, avaliação de agências, notas do tesouro, de nada valem quando a maior parte da população sente o amargo da fome todos os dias. O Brasil é um país falido, não por seu desempenho econômico, mas por ter representantes subservientes a nações estrangeiras. Foi assim desde o império. Queremos parecer a EUROPA, com a padrão de vida norte americano.

Ou o governo eleito, mostra a que veio, ou vai se tornar um despachante do centrão, como o governo anterior. Ou se quebra a roda, ou se gira nela.

Por J. Laurentino.