Polícia Federal prende suspeitos de planejar morte de autoridades e sequestros; Senador Sergio Moro (União Brasil) era um dos alvos do grupo

Hoje pela manhã, a Polícia Federal iniciou uma operação para investigar membros de uma organização criminosa que planejavam sequestrar e assassinar autoridades. O Ministro da Justiça, Flávio Dino, confirmou que o Senador Sergio Moro (União Brasil) era um dos alvos do grupo criminoso. Até as 9h40 da manhã de hoje, nove pessoas haviam sido presas. A organização criminosa atua tanto dentro quanto fora dos presídios brasileiros e internacionalmente. Quando era Ministro da Segurança Pública, Moro ordenou a transferência do líder da facção Marcola e outros membros para prisões de segurança máxima. Na época, o senador defendia o isolamento de organizações criminosas como forma de enfraquecê-las.

A Polícia Federal está cumprindo 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão em São Paulo, Paraná (onde estão os principais alvos), Rondônia e Mato Grosso do Sul. Pelo menos seis pessoas foram presas em Campinas, São Paulo. Além do homicídio, os suspeitos planejavam sequestrar autoridades públicas. A PF identificou que os ataques poderiam ocorrer simultaneamente. O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Presidente Prudente, interior de São Paulo, liderado por Lincoln Gakyia, também era um alvo do grupo criminoso devido às investigações comandadas por ele.

De acordo com o blog da jornalista Andréia Sadi, um comandante de Polícia Militar também era alvo dos atentados. ‘Era um ataque nacional’, disse Dino em resposta a mensagens enviadas pelo blog.

De acordo com os investigadores, a retaliação contra Moro foi motivada pelas mudanças no regime de visitas em presídios. Os criminosos também planejavam sequestrar o senador como forma de negociar a liberação de Marcola. Pelo menos dez criminosos monitoravam a família do senador em Curitiba, revezando-se entre si, segundo agentes.

Até a última atualização desta reportagem, a PF não havia informado qual era a portaria que motivou os planos dos criminosos e por que Moro estava entre os alvos mesmo, tendo deixado o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2020.

Os alvos alugaram chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços de Sergio Moro. A família do senador também teria sido monitorada por meses pela facção criminosa, apontam os investigadores.