Nesta semana o Brasil atingiu a marca de 50 mil mortos pela COVID-19 e mais de 1 milhão de infectados, se tornando um dos países mais afetados pela doença no mundo.
Apesar de todos os esforços da comunidade internacional, médicos e especialistas em infectologia e virologia ainda não tem respostas para a maioria das perguntas sobre a COVID-19.
Os países estão reabrindo suas economias, as atividades seguem um padrão de “novo normal”, com recomendações de distanciamento social, uso de máscara, face shield, higienização pessoal com água e sabão, álcool gel e tudo mais que possa contribuir para evitar a contaminação pelo novo coronavírus.
Mas isso é suficiente?
Reinfecção
Enquanto médicos, cientistas e especialistas estudam as formas de combate ao vírus, muitas perguntas ficam sem respostas para famílias que perderam seus entes queridos e pessoas que foram infectadas.
No último mês, foi emitido um sinal de alerta pelos médicos que atuam na linha de frente do combate a pandemia. Pacientes que já haviam sido infectados, testados positivo, e se recuperado da doença, relataram nova infecção pelo coronavírus, com sintomas ainda mais graves que da primeira vez.
Segundo reportagem dos jornalistas Roberto Russo e Luana Massuella, publicada pela CNN Brasil nesta segunda (22), a médica pediatra Simone Cardoso, apresentou sintomas da doença no dia 27 de março e confirmou o diagnóstico positivo para COVID-19 através do teste PCR. A médica se isolou em casa por 14 dias, fazendo tratamento e apresentando sintomas leves, voltando a trabalhar normalmente após o período.
Um mês após o seu retorno ao trabalho, no dia 27 de abril, voltou a sentir os mesmos sintomas, com febre e calafrios e realizando o teste novamente, constatou estar novamente infectada pelo novo coronavírus.
Alguns casos no Brasil vêm intrigando e levantado dúvidas entre os médicos e especialistas. Pacientes estariam testando positivo para COVID-19 mais de uma vez, depois de terem sido considerados “curados”.
Apesar das poucas informações científicas disponíveis, os especialistas concordam que é pouco provável que a reinfecção seja um padrão da doença e atribuem os casos que vem surgindo as condições específicas de cada paciente e a reação de seu sistema imunológico para a produção de anticorpos. Ainda, não é descartada até mesmo uma reativação do vírus no organismo do paciente, após um período de latência da infecção original na qual o paciente não desenvolveu os anticorpos necessários para ficar de fato “imune” a doença.
Mesmo com o surgimento de casos de reinfecção, os especialistas alertam que esses casos são raros no mundo, que não há motivo para pânico, mas sim para cautela e cuidados redobrados com a doença.