Vacinas da Covid-19 e da gripe não podem ser tomadas juntas, afirmam médicos

Abril chega com o início de uma nova campanha nacional de vacinação contra a gripe. A imunização para o público-alvo se inicia no dia 12 de abril, mas a largada já foi dada nas clínicas privadas.

Um alerta é que o público-alvo da vacina contra a gripe tem muitas semelhanças com a lista de prioridades para a imunização contra a Covid-19. No entanto, médicos alertam que os dois imunizantes não podem ser tomados simultaneamente, sob risco de ineficácia.

“É preciso um intervalo de 14 dias antes ou depois de tomar uma das vacinas já que um imunizante vai interferir na produção de anticorpos do outro,” diz o médico Roberto Florim. “A vacina da gripe ajuda a não ter sobreposições de infecções. O indivíduo com gripe se adquirir a Covid-19 ou vice e versa, tem chance maior de ter complicações respiratórias.”

No público-alvo de ambas as vacinas estão, por exemplo, os idosos, os profissionais de segurança e salvamento, os professores, os povos indígenas, os profissionais da saúde as pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, as chamadas comorbidades.

Vacina da gripe ajuda na pandemia

Realizada anualmente para garantir a proteção contra os vírus gripais mais comuns, a vacinação anual contra a gripe ganha ainda mais importância em 2021, com a pandemia da Covid-19.

Os sintomas da gripe e da doença do novo coronavírus se confundem e dificultam o atendimento. Além disso, uma menor vacinação contra a gripe comum pode pressionar ainda mais o sistema de saúde.

A vacinação contra a gripe vai até junho nas clínicas públicas, mas a recomendação é que o público-alvo procure antecipar tanto quanto possível, também em razão da alta nos casos do novo coronavírus na ocupação de leitos de UTI.

Depois de junho, as doses ficam disponíveis nos postos de saúde para o público alvo do medicamento.

Por Bruna Macedo, da CNN, em São Paulo. A reportagem original pode ser acessada aqui.