
O site Pragmatismo Político repercutiu na noite desta segunda (22), o pedido de abertura de investigação do Ministério Público Federal contra o município de Campina Grande, por atuar de forma não coordenada com a Secretaria de Saúde do Estado nas ações de enfrentamento a pandemia.
Segundo a publicação, a denúncia feita por uma médica, aponta que a gestão do prefeito Bruno Cunha Lima estaria se recusando a ceder e regular leitos de UTI e enfermaria para pacientes de outras cidades.
Em Campina Grande, segundo publicação da Secretaria de Saúde municipal, existiam até o último domingo (21), 52 leitos vagos de UTI e 136 de enfermaria. O Estado da Paraíba acumulava na mesma data, mais de 50 pacientes em fila de espera por uma vaga de UTI e registrou 31 novos óbitos em 24h.
O número de leitos vazios no município seria suficiente para zerar a fila de espera no Estado e evitar novas mortes.
Eleições 2022
Ainda, segundo a reportagem, a recusa em ceder leitos no município de Campina Grande para pacientes de outras cidades, estaria relacionada ao contexto político das eleições de 2022 no Estado. O prefeito Bruno Cunha Lima (PSD), aliado do presidente Jair Bolsonaro, estaria agindo politicamente para prejudicar os esforços da gestão estadual, do governador João Azevedo (Cidadania), seu adversário, no enfrentamento a pandemia.

A Paraíba tem 246.382 casos confirmados de contaminação pelo novo coronavírus e um total de 5.243 óbitos. O estado é o líder do Nordeste no ranking da vacinação e ocupa o 6º lugar nacional na aplicação das doses.
João Azevêdo (Cidadania), recebeu nesta segunda-feira (22), a primeira dose da vacina contra a Covid-19, em João Pessoa. O gestor, que tem 67 anos, procurou um dos pontos fixos de vacinação, instalados na capital paraibana.