OPINIÃO | Em ato de contaminação pró-bolsonaro, paraibanos exigem direito de morrer sufocados pela COVID 19

O decreto do Estado, que restringi a circulação de pessoas e reorganiza o funcionamento do comércio e de empresas, protegendo a população da fase mais aguda da pandemia no Estado, estaria atrapalhando um grupo de paraibanos que estão revoltados, defendendo o direito de contraírem a COVID-19 e morrerem sufocados, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro.

Neste domingo (14), para demostrar a sua insatisfação com a chegada de novos respiradores na capital, adquiridos pela prefeitura, e mais leitos sendo abertos pelo Governo do Estado, o grupo realizou um evento de contaminação em massa na Avenida Presidente Epitácio Pessoa, em frente o grupamento de engenharia do exército.

A gota d’água teria sido o anúncio da aquisição de 37 milhões de doses da vacina Russa Sputnik, pelo Consórcio Nordeste, segundo a reportagem apurou.

Os organizadores do ato informaram que a manifestação é contra a ditadura que se instalou no Estado, quando o Governador começou a salvar vidas, abrindo mais de 1000 leitos hospitalares de UTI, evitando aglomerações, promovendo assistência social aos mais vulneráveis e vacinando a população contra a COVID-19, tudo o que Bolsonaro não fez.

Aglomerados e muitos sem fazer o uso de máscara e/ou manter o distanciamento social, quando foram questionados sobre os atos serem flagrantes de desobedecia civil, crime previsto no Código Penal, os bolsonaristas reagiram gritando: “bandido bom, é bandido morto”.

Muitos consideram se mudar para Campina Grande, admitiram, onde o prefeito bolsonarista garante a vaga no cemitério municipal.

Por J. Laurentino

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